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Índice Global de Inovação 2022: Suíça, Estados Unidos e Suécia lideram a classificação mundial de inovação; China se aproxima dos 10 primeiros colocados; Índia e Türkiye aceleram o passo; Inovações de impacto são necessárias em tempos turbulentos

Genebra, 29 de Setembro de 2022
PR/2022/895

Suíça, Estados Unidos, Suécia, Reino Unido e Países Baixos são as economias mais inovadoras do mundo, segundo o Índice Global de Inovação (IGI) de 2022, publicado pela OMPI, com a China prestes a se juntar a elas no grupo das 10 primeiras. Outras economias emergentes também vêm apresentando desempenho sólido e consistente, como Índia e Türkiye, que pela primeira vez aparecem entre as 40 mais bem avaliada.

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Recursos para jornalistas

O relatório mostra que, apesar da pandemia de Covid-19, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e em outras atividades que impulsionam a inovação no mundo inteiro seguiram em forte ritmo de expansão em 2021. No entanto, surgem agora novos desafios para que os recursos aplicados em inovação gerem os impactos desejados.

O IGI aponta que o crescimento da produtividade PDF, GII 2022 special theme , normalmente impulsionado por índices mais elevados de inovação, na realidade passa por um momento de estagnação. Também se observa uma desaceleração no ritmo do avanço tecnológico e da adoção de novas tecnologias, a despeito do recente aumento nos gastos com P&D e nos investimentos em capital de risco. No entanto, com um apoio mais atento e cuidadoso aos ecossistemas de inovação, será possível embarcar em um novo período de crescimento sólido, impulsionado por uma inovação cada vez mais alimentada pelas ondas da era digital e da ciência profunda.

O IGI deste ano mostra que, com o fim da pandemia, a inovação encontra-se em uma encruzilhada. Embora os investimentos em inovação tenham crescido significativamente em 2020 e 2021, as perspectivas para 2022 são menos promissoras, não só em razão das incertezas mundiais com que nos deparamos atualmente, mas também porque o impacto da inovação sobre a produtividade vem se mantendo abaixo do esperado. Daí a necessidade de estarmos atentos não apenas aos investimentos em inovação, mas também à maneira como esses investimentos se traduzem em impactos econômicos e sociais. Tudo indica que, em um futuro próximo, qualidade e valor serão tão cruciais quanto quantidade e escala.

Daren Tang, diretor geral da OMPI

Resultados mais relevantes do IGI:

  • Em 2021, as empresas que mais investiram em P&D no mundo ampliaram esses gastos em quase 10%, fazendo-os superar a marca de US$ 900 bilhões – cifra superior à registrada em 2019, antes da pandemia. A expansão foi impulsionada principalmente por quatro setores: equipamentos de TIC e equipamentos elétricos; softwares e serviços de TIC; fármacos e biotecnologia; e construção e metais industriais.
  • Os investimentos globais em P&D aumentaram 3,3% em 2020, desacelerando em relação ao crescimento recorde de 6,1% registrado em 2019. As dotações orçamentárias governamentais das economias que mais investiram em P&D cresceram expressivamente em 2020. Já em 2021, a situação dos orçamentos públicos de P&D foi mais variada, com expansão na República da Coreia e na Alemanha, mas retração nos Estados Unidos e no Japão.
  • As operações de capital de risco registraram um aumento explosivo em 2021, com alta de 46%, um recorde comparável ao registrado durante o boom da internet, no fim da década de 1990. As regiões da América Latina e Caribe e da África apresentaram o maior crescimento nas operações de capital de risco. Em 2022, o cenário para essas operações parece menos promissor, já que o aperto nas politicas monetárias e seu impacto na aversão ao capital de risco devem levar a uma desaceleração nesse tipo de investimento.

Em sua classificação anual em termos de capacidade e produtos de inovação, o IGI apresenta algumas mudanças importantes nas 15 economias mais inovadoras, com os Estados Unidos alcançando a 2ª posição, Países Baixos a 5ª, Singapura a 7ª, Alemanha a 8ª e a China subindo um posto para atingir a 11ª colocação, no limiar do grupo das 10 primeiras.

O Canadá retorna ao grupo das 15 economias mais inovadoras (15ª posição). Türkiye (37ª) e Índia (40ª) figuram pela primeira vez entre as 40 primeiras. Merece destaque ainda o fato de que Vietnã (48ª), República Islâmica do Irã (53ª) e Filipinas (59ª) são as economias de renda média que atualmente apresentam as taxas mais aceleradas de inovação.

Classificações globais

  1. Suíça (Número 1 em 2021)
  2. Estados Unidos (3)
  3. Suécia (2)
  4. Reino Unido (4)
  5. Países Baixos (6)
  6. República da Coreia (5)
  7. Singapura (8)
  8. Alemanha (10)
  9. Finlândia (7)
  10. Dinamarca (9)
  1. China (12)
  2. França (11)
  3. Japão (13)
  4. Hong Kong (China) (14)
  5. Canadá (16)
  6. Israel (15)
  7. Áustria (18)
  8. Estônia (21)
  9. Luxemburgo (23)
  10. Islândia (17)

Várias economias em desenvolvimento registram desempenho em inovação superior ao esperado em relação a seus níveis de desenvolvimento econômico, incluindo países como Indonésia, Uzbequistão e Paquistão, que pela primeira vez integram o grupo de expoentes em inovação. Oito das economias com resultados em inovação acima das expectativas pertencem à África Subsaariana, com Quênia, Ruanda e Moçambique na liderança do grupo. Na América Latina e Caribe, Brasil, Peru e Jamaica apresentam desempenho superior ao esperado para o seu nível de desenvolvimento econômico.

“Com sua ascensão em termos do desempenho em inovação no contexto dos choques nas cadeias de suprimento globais, Türkiye e Índia estão enriquecendo positivamente o panorama da inovação global, onde também a Indonésia desponta com um bom potencial de inovação”, diz o coeditor do IGI e diretor da Saïd Business School, da Universidade de Oxford, Soumitra Dutta. “Em termos relativos, outros líderes regionais, como Chile e Brasil, na América Latina, e África do Sul e Botsuana, na África Subsaariana, apresentaram melhoras em seu desempenho em inovação.”

Líderes globais em inovação em 2022

Região / Classificação Economia Classificação global no IGI 2022
América do Norte
1 Estados Unidos 2
2 Canadá 15
África Subsaariana1
1 África do Sul 61
2 Botsuana 86
3 Quênia 88
América Latina e Caribe
1 Chile 50
2 Brasil 54
3 México 58
Ásia Central e Meridional
1 Índia 40
2 República Islâmica do Irã 53
3 Uzbequistão 82
Norte da África e Ásia Ocidental2
1 Israel 16
2 Emirados Árabes Unidos 31
3 Türkiye 37
Sudeste Asiático, Ásia Oriental e Oceania
1 República da Coreia 6
2 Singapura 7
3 China 11
Europa
1 Suíça 1
2 Suécia 3
3 Reino Unido 4

1Três primeiras colocadas na África Subsaariana, excluindo-se as economias insulares. Na região, as quatro primeiras colocadas são: Maurício (1ª), África do Sul (2ª), Botsuana (3ª) e Quênia (4ª).

2

Três primeiras colocadas no Norte da África e Ásia Ocidental, excluindo-se as economias insulares. Na região, as quatro primeiras colocadas são Israel (1ª), Chipre (2ª), Emirados Árabes Unidos (3ª) e Türkiye (4ª).

América do Norte

Na América do Norte, formada por Estados Unidos e Canadá, os Estados Unidos galgaram um posto e atingiram a 2ª colocação, ao passo que o Canada retorna ao grupo das 15 economias mais inovadoras do mundo, tendo alcançado a 15ª posição.

Em 2022, os Estados Unidos obtêm a maior pontuação mundial em 15 dos 81 indicadores de inovação do IGI, entre os quais se incluem investidores empresariais globais em P&D, investidores de capital de risco, qualidade das universidades, qualidade e impacto das publicações científicas e intensidade de ativos intangíveis corporativos. Já o Canadá registra seus melhores resultados nos seguintes indicadores: beneficiários de operações de capital de risco, acordos de empreendimentos conjuntos/alianças estratégicas e gastos com softwares.

Europa

A Europa ainda concentra o maior número de líderes em inovação – 15 ao todo – entre as 25 economias mais bem classificadas. Das 39 economias europeias incluídas, 12 melhoraram sua classificação este ano: Países Baixos (5ª), Alemanha (8ª), Áustria (17ª), Estônia (18ª), Luxemburgo (19ª), Malta (21ª), Itália (28ª), Espanha (29ª), Polônia (38ª), Grécia (44ª), República da Moldávia (56ª) e Bósnia e Herzegovina (70ª).

A Suíça é a líder mundial em inovação pelo 12º ano consecutivo, registrando a maior pontuação entre todas as economias do mundo em produtos de inovação e, especificamente, em patentes por origem, gastos com softwares, produtos manufaturados de alta tecnologia e complexidade das exportações. A Suécia (3ª) lidera mundialmente em infraestrutura e sofisticação empresarial, ocupando a primeira posição em indicadores como número de pesquisadores, gastos com P&D e empregos intensivos em conhecimento.

A Alemanha alcança sua melhor posição desde 2009, após ter ingressado no grupo das 10 economias mais inovadoras em 2016, assumindo a liderança global em investidores empresariais em P&D. A Estônia apresenta progressos notáveis este ano, ingressando no grupo das 20 primeiras economias e registrando o melhor desempenho mundial nos indicadores operações de capital de risco, importações de serviços de TIC, criação de novas empresas e criação de aplicativos móveis.

Sudeste Asiático, Ásia Oriental e Oceania

Duas economias da região do Sudeste Asiático, Ásia Oriental e Oceania (SEAO) estão no grupo das 10 economias mais inovadoras: República da Coreia (6ª) e Singapura (7ª); enquanto outras cinco figuram entre as 25 primeiras, a saber, China (11ª), Japão (13ª), Hong Kong, China (14ª), Nova Zelândia (24ª) e Austrália (25ª). Singapura, China e Nova Zelândia melhoraram suas classificações este ano.

Na região como um todo, Vietnã (48ª), Filipinas (59ª) Indonésia (75ª), Camboja (97ª) e a República Democrática Popular do Laos (112ª) foram as economias que registraram os maiores avanços ao longo da última década, além de liderar em alguns dos principais indicadores de inovação. O Vietnã é líder mundial em importações de alta tecnologia, ao passo que as Filipinas obtêm a maior pontuação em exportações de alta tecnologia.

A Indonésia deu um salto este ano, alcançando sua melhor colocação desde 2012. O país lidera mundialmente em políticas e cultura de empreendedorismo e melhorou significativamente seu desempenho em vínculos para fins de inovação e em ativos intangíveis, registrando ainda resultados positivos em indicadores como financiamento para startups e scaleups e intensidade de ativos intangíveis corporativos.

Ásia Central e Meridional

A Índia (40ª) lidera a região e chega ao grupo das 40 economias mais inovadoras do mundo, após figurar pela primeira vez entre as 50 mais bem classificadas em 2020. A República Islâmica do Irã (53ª) e o Uzbequistão (82ª) vêm em seguida.

A Índia é líder em inovação entre os países de renda média baixa. O país permanece na liderança mundial em exportações de serviços de TIC e alcança ótimas colocações em outros indicadores, como valor das operações de capital de risco, financiamento para startups e scaleups, formados em ciências e engenharia, crescimento da produtividade do trabalho e diversificação da indústria nacional.

A República Islâmica do Irã assume a 3ª posição no grupo das economias de renda média baixa e apresenta desempenho em inovação superior ao esperado em relação a seu nível de desenvolvimento econômico pelo segundo ano consecutivo, assumindo a liderança mundial em indicadores como registro de marcas e formados em ciências e engenharia.

O Uzbequistão sobe quatro posições, registrando pela primeira vez em 2022 desempenho em inovação acima das expectativas para o seu nível de desenvolvimento.

Sri Lanka (85ª), Paquistão (87ª) e Bangladesh (102ª) galgaram várias posições este ano. Apenas o Paquistão, porém, vem melhorando continuamente sua classificação ao longo do tempo.

Norte da África e Ásia Ocidental

Israel (16ª), Chipre (27ª), Emirados Árabes Unidos (EAU) (31ª) lideram esta região em desempenho em inovação.

Israel é líder em inovação há 15 anos. O país registra a maior pontuação mundial em operações de capital de risco, mulheres com pós-graduação empregadas, pedidos de patente via PCT em relação ao PIB e exportações de serviços de TIC como proporção de suas transações comerciais.

Os EAU se aproximam do grupo das 30 economias mais inovadoras e continuam a figurar entre as cinco primeiras em número de pesquisadores em empresas e atividades de P&D financiadas pelo setor privado.

A Türkiye (37ª) ingressa no grupo das 40 primeiras economias, ocupando a quarta posição global em ativos intangíveis e apresentando vigor notável em desenhos industriais, registro de marcas e intensidade de ativos intangíveis corporativos.

Outras dez economias da região melhoraram suas classificações este ano, com destaque especial para Arábia Saudita (51ª), Catar (52ª), Kuwait (62ª), Marrocos (67ª) e Bahrein (72ª).

América Latina e Caribe

Único país latino-americano entre as 50 economias mais bem classificadas, o Chile (50ª) lidera a região da América Latina e Caribe, seguido pelo Brasil (54ª) – que agora figura entre as três primeiras economias da região – e México (58ª). Este ano, a Costa Rica (68ª) ficou de fora do grupo das três economias mais inovadoras da região.

O Chile obtém bom desempenho em matrículas no ensino superior e novas empresas. O Brasil registrou avanços importantes em produtos de inovação, especialmente em produtos criativos, como ativos intangíveis e criatividade on-line, bem como em registro de marcas e criação de aplicativos móveis. O México lidera em indicadores como exportações de produtos criativos e importações e exportações de alta tecnologia.

Oito das 18 economias da região melhoraram sua classificação este ano, com destaque principalmente para Colômbia (63ª), Peru (65ª), Argentina (69ª) e República Dominicana (90ª). O Peru desponta como líder mundial em indicadores como empréstimos concedidos por instituições de microfinanças, formados em ciências e engenharia e registro de modelos de utilidade. Peru, Brasil e Jamaica (76ª) também registraram desempenho em inovação superior ao esperado em relação a seus níveis de desenvolvimento econômico.

África Continental Subsaariana

A África do Sul (61ª) lidera a região, seguida por Botsuana (86ª) e Quênia (88ª). Dezesseis economias da região melhoraram sua classificação no IGI. Além de Maurício e Botsuana, Gana (95ª), Senegal (99ª), Zimbábue (107ª), Etiópia (117ª) e Angola (127ª) apresentaram melhorias notáveis.

A África do Sul é líder em capitalização de mercado, ao passo que Botsuana apresenta resultados positivos em indicadores como empréstimos concedidos por instituições de microfinanças e valores pagos por uso de propriedade intelectual. A Namíbia (96ª) lidera mundialmente em gastos com educação e apresenta desempenho muito acima da média regional em capital humano e pesquisa.

A África subsaariana é a região com o maior número de economias com desempenho em inovação superior ao esperado (8), com o Quênia registrando um recorde de doze anos consecutivos de resultados acima das expectativas. Ruanda (105ª) e Moçambique (123ª) também vêm apresentando sistematicamente um desempenho em inovação superior ao esperado.

O Burundi (130ª) volta a figurar no IGI este ano, graças à melhoria na disponibilidade de dados, enquanto a Mauritânia (129ª) faz sua estreia no Índice.

O enfoque temático do IGI faz o seguinte questionamento: qual é o futuro do crescimento impulsionado pela inovação?

O IGI 2022 visualiza a possibilidade de duas novas ondas de inovação: (i) uma onda de inovação da era digital, impulsionada pela supercomputação, pela inteligência artificial e pela automação, que está em vias de gerar amplos impactos na produtividade em todos os setores e campos da pesquisa científica, e (ii) uma onda de inovação da ciência profunda (deep science), impulsionada por avanços nas biotecnologias, nanotecnologias, novos materiais e outras ciências que vêm produzindo inovações revolucionárias em quatro áreas fundamentais para a sociedade: saúde, alimentação, meio ambiente e mobilidade.

No entanto, o IGI 2022 ressalta que levará tempo para que os efeitos positivos dessas duas novas ondas se materializem. É preciso, primeiramente, superar uma série de obstáculos, sobretudo no que se refere à adoção e difusão de tecnologias.

A produtividade é fundamental para a construção de sociedades e economias que correspondam aos nossos desejos, sobretudo se pretendemos combinar níveis mais elevados de igualdade com um uso mais sensato dos recursos naturais. Sob o impacto das ondas da era digital e da ciência profunda, a inovação vem sendo impulsionada por uma verdadeira revolução. Temos a responsabilidade coletiva de tirar lições das crises recentes para pôr essa revolução no rumo certo, direcionando-a para o futuro que desejamos.

Bruno Lanvin, coeditor do IGI e cofundador do Instituto Portulans

Rede de parceiros corporativos para a inovação do IGI 2022

O Índice Global de Inovação

O Índice Global de Inovação 2022 (IGI), este ano em sua 15ª edição, é publicado pela OMPI em parceria com o Instituto Portulans e com o apoio de nossa rede de parceiros corporativos: Confederação Indiana da Indústria (CII), Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil, Ecopetrol (Colômbia) e Assembleia de Exportadores da Turquia (TİM). Em 2021, foi criada uma rede acadêmica PDF, GII Academic Corporate Partners para envolver universidades de prestígio mundial nas pesquisas que subsidiam a elaboração do IGI, bem como na disseminação junto à comunidade acadêmica dos dados e resultados obtidos.

Desde sua criação, em 2007, o IGI tornou-se uma referência na avaliação da inovação e um pilar na formulação de políticas econômicas, levando um número cada vez maior de governos a realizar análises sistemáticas de seus resultados anuais em matéria de inovação e elaborar políticas voltadas para melhorar seu desempenho no Índice. O IGI também obteve o reconhecimento do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, que em sua resolução de 2019 sobre ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento o define como um instrumento de referência para avaliar a inovação em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

 

Publicado anualmente, o IGI oferece parâmetros de avaliação e classifica 132 economias em relação a seus ecossistemas de inovação. O Índice é elaborado a partir de uma ampla e diversificada base de dados – reunindo 81 indicadores coletados junto a fontes públicas e privadas –, expandindo o horizonte das métricas tradicionais de inovação para refletir a ampliação da própria definição de inovação. Atualmente, o universo da inovação não se restringe mais aos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento e aos artigos publicados em revistas científicas, tendo se alargado para adquirir uma natureza mais geral e horizontal, em que estão incluídos aspectos sociais, técnicos e de modelos de negócios.

Para cada país, elabora-se um perfil de uma página que registra o desempenho de sua economia em todos os indicadores, em relação a todas as outras economias incluídas no Índice. O perfil também destaca as virtudes e fragilidades relativas do país em matéria de inovação.

O IGI 2022 é calculado a partir da média de dois subíndices. O subíndice Insumos de inovação avalia os elementos da economia que viabilizam e facilitam o desenvolvimento de atividades inovadoras, agrupados em cinco pilares: (1) Instituições; (2) Capital humano e pesquisa; (3) Infraestrutura; (4) Sofisticação do mercado; e (5) Sofisticação empresarial. O subíndice Produtos de inovação capta o resultado efetivo das atividades inovadoras no interior da economia e se divide em dois pilares: (6) Produtos de conhecimento e tecnologia e (7) Produtos criativos.

O Índice é objeto de uma auditoria estatística independente, realizada pelo Centro de Competência em Indicadores e Marcadores Compósitos (COIN) do Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia. O relatório completo pode ser baixado em: www.globalinnovationindex.org.

Estrutura do Índice Global de Inovação 2022

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