Abora – Uma empresa que está batendo recordes de eficiência

Apresentada pelo Instituto Espanhol de Patentes e Marcas

Abora S.L. é uma empresa situada na cidade de La Muela (Saragoça, Espanha). Foi lançada em 2017 quando Alejandro del Amo, fundador e CEO da empresa, juntou-se com outros especialistas do setor – Marta Cañada, Vicente Zárate, Fernando Pérez e Ricardo Lara – e decidiu exibir a tecnologia que tornou possível coletores solares atingirem 76% de produção, nível até então inalcançável. Mas eles não pararam por aí. E em 2019 conseguiram bater o recorde de produção de 87% com tecnologia solar, conforme comprovado na sua certificação mais recente.

(Fotografia: Abora)

Inovação em sistemas trigeracionais

Painéis solares híbridos, também conhecidos por painéis PVT (fotovoltaicos e térmicos) não são uma tecnologia nova – os primeiros desenvolvimentos remontam à década de 1970. Porém, esta tecnologia mal foi utilizada devido a seu baixo rendimento. Só conseguia aproveitar 20% da irradiação disponível (15% era convertido em eletricidade e 5% era usado para aquecer a água que circulava dentro do painel). Isto resultava em perdas de 80%, principalmente através da parte frontal do painel.

Foi esse o principal problema técnico que Alejandro del Amo (fundador e CEO da Abora) encontrou quando iniciou em 2009 sua tese de doutorado em sistemas solares trigeracionais, isto é, sistemas de geração de eletricidade, frio e calor a partir da irradiação solar. Estes sistemas associam painéis híbridos (eletricidade e calor) e máquinas de adsorção ou absorção capazes de gerar ar frio com o calor dos painéis. Como essas máquinas requerem uma temperatura mínima de 60°C para começar a funcionar, e os painéis híbridos têm produção muito baixa em tais condições de funcionamento (em torno dos 5%), eram necessários muitos painéis para se obter um resfriamento de eficiência mínima.

Face a esse problema, Alejandro del Amo realizou pesquisas e chegou a uma nova solução, que ele protegeu com a patente ES 2 444 990 B1. Tratava-se de um painel híbrido com um revestimento transparente e isolante na frente. O revestimento tinha de ser altamente transparente para que a irradiação incidente pudesse alcançar as células fotovoltaicas; e tinha de ser isolante a fim de evitar que 80% do calor perdido ao redor da parte frontal (desprotegida) se dissipasse à volta do dispositivo, ou pelo menos para reduzir ao máximo essas perdas.

O primeiro painel lançado no mercado com esta tecnologia atingiu ao todo uma produção de 65%, mais de três vezes aquela alcançada anteriormente. Esses 65% correspondiam a 15% de produção fotovoltaica e 50% de calor. Uma produção total de 76% foi alcançada em 2017 e uma produção total de 87% em 2019, graças a melhorias sucessivas.

O "Aboratório": melhoria contínua

A Abora é uma pequena empresa com grande potencial cujo elemento-chave é o seu "Aboratório", onde todas as suas ideias (por mais mirabolantes que possam parecer) são testadas com o objetivo de melhorar a produção diária do painel. A Abora está atualmente trabalhando na última versão do painel híbrido, que causará um abalo tecnológico conduzindo a um avanço tecnológico significativo, conforme especificado no pedido de patente P201930007 (número de publicação ES3888.1), depositado no ano passado, mas que ainda não foi tornado público. Com esse novo desenvolvimento, a Abora encontra-se na posição perfeita para permanecer na vanguarda da tecnologia nos próximos anos.

Apesar desse valor agregado significativo, uma melhor produção não é o fim, mas um meio, pois o objetivo final da Abora é fabricar o painel mais rentável do mercado. Para isso, ela concentra suas operações diárias em torno de duas principais linhas de trabalho: aumentar a produção e reduzir os custos.

Atualmente, todos os equipamentos solares são instalados por uma das três seguintes razões: para cumprir obrigações regulamentares, para receber subsídios ou prêmios para gerar eletricidade, ou para satisfazer uma consciência ambiental. Infelizmente, o grupo que se enquadra na terceira opção é minoritário, pois nos dois outros cenários, a tecnologia solar é instalada ou por obrigação ou por causa dos incentivos econômicos. Isto deve-se ao fato de que obter um retorno sobre o investimento nessa tecnologia é algo muito demorado: de 8 a 10 anos no caso de tecnologia solar térmica instalada para aquecer água de uso doméstico, ou de 7 a 9 anos no caso de instalações fotovoltaicas na cobertura externa de edifícios. No entanto, com os painéis Abora, ficou agora possível obter um retorno sobre investimento em 4 a 6 anos, o que faz com que o investimento seja uma proposta atraente. Resultado, essa tecnologia não se destina somente ao mercado de novos edifícios, para os quais a instalação de tecnologia solar é um requisito, mas destina-se também ao mercado majoritário de prédios existentes, que não têm a obrigação de instalar tecnologia solar, mas para os quais tal instalação pode ser um investimento atrativo.

O segredo para isso é o revestimento transparente e isolante desenvolvido por Alejandro del Amo no âmbito de sua tese de doutorado, graças ao qual, a equipe da Abora pôde garantir que uma tecnologia renovável fosse também rentável.

O modelo de negócios da Abora é bastante claro: "na Agora, fabricamos painéis solares híbridos". Isso significa que, como fabricante, ela nem instala nem elabora os projetos. Cada um tem sua própria função na cadeia de suprimento, e se a Agora instalasse os painéis, iria tornar-se concorrente dos atuais compradores dos painéis, que por sua vez não iriam mais querer comprá-los. Tanto para instaladores como para engenheiros, a Abora oferece assistência técnica altamente especializada para os paneis híbridos, facilitando assim o acesso a essa nova tecnologia. E ela produz somente painéis híbridos, pois é nessa área que oferece valor diferencial, visto que a tecnologia fotovoltaica tem um mercado de grandes volumes e pequenas margens, enquanto a tecnologia solar térmica não agrega tanto valor quanto a híbrida.

(Fotografia: Abora)

Foi essa filosofia que fez com que a Abora decidisse localizar sua linha de produção na Espanha e trabalhar apenas fornecedores Europeus, decisão tomada com o objetivo de melhorar a tecnologia, em vez de procurar países onde a produção fosse mais barata.

Isso permitiu-lhe se tornar uma empresa industrial que nos dois anos desde seu lançamento encarou o mercado, melhorando suas vendas anualmente e atingindo o ponto de equilíbrio contábil nesse curto período. Seu processo de internacionalização está em curso desde o início de 2019, com instalações já realizadas em países como França, Suíça, Alemanha, Países Baixos, Islândia, Colômbia, Portugal e Grécia. Contudo, o processo de internacionalização é uma jornada muito longa, que a Abora espera percorrer tornando-se mais forte a cada passo.

Aplicações

O mercado dos painéis híbridos está concentrado em prédios onde há demanda por aquecimento, quer para produzir água quente, quer para melhorar a eficiência energética. Estão aí incluídos hotéis, hospitais, lares de repouso, centros desportivos, piscinas, edifícios residenciais, lavanderias, a indústria de laticínios, fábricas de conservas e muitos outros tipos de prédios nos setores de serviços industriais e residenciais, que têm elevados níveis de consumo de energia.

(Fotografia: Abora)

A tecnologia da Abora traz um significativo valor agregado ao modelo de negócios do cliente nesses setores. Por exemplo, no caso de um hotel com área de cobertura externa limitada, a instalação de painéis fotovoltaicos só teria uma produção de cerca de 15% da irradiação incidente na cobertura e o potencial de economia seria desperdiçado. No entanto, se os painéis híbridos da Abora fossem instalados, 87% da irradiação incidente seria armazenado, proporcionando uma economia de energia cinco vezes maior do que com painéis fotovoltaicos. O resultado disso seria que o hotel iria poder reduzir seus custos de operação, tornando-se assim mais competitivo. Isto levou clientes como a Iberostar e a cadeia de lares de repouso Vitalia a confiarem nessa tecnologia, pois ela fornece um sistema de monitoramento através do qual o gerente do prédio e a empresa de manutenção podem se assegurar de que a instalação está funcionando corretamente e verificar que os resultados obtidos se alinham com as projeções iniciais da Abora.

(Fotografia: Abora)

Inovação, internacionalização e proteção: de mãos dadas

Paralelamente ao crescimento e processo de internacionalização da empresa, a Abora registrou sua marca M3691882 e a marca aH-Tech® com vistas a poder criar outras marcas, sempre garantindo a presença de um símbolo para indicar a origem da tecnologia.

A Abora opta por proteger suas inovações e modelo de negócios por meio da propriedade intelectual sob a forma de marcas e patentes, que sempre têm por objetivo assegurar que a tecnologia solar tenha um papel fundamental na transição energética necessária para fazermos de nosso planeta um lugar mais sustentável.

Informações de contato da empresa

  • Nome da PME: ABORA ENERGY S.L.
  • Sector: Energías Renovables
  • Endereço: Av. Buenos Aires 117, Pol. Ind. Centrovía, 50.196, La Muela, Zaragoza
  • Nome para contato: Alejandro del Amo Sancho
  • Número para contato: +34 876247096
  • Site: www.abora-solar.com