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Financiamentos garantidos por PI têm belo futuro pela frente

Julho de 2023

James Nurton, redator freelance

Em nível mundial, o valor dos ativos intangíveis aumentou de 61 trilhões de dólares em 2019 para 74 trilhões de dólares em 2021, segundo o relatório GIFT (Brand Finance Global Intangible Finance Tracker). Reforçando essa visão, pesquisas realizadas pelo grupo financeiro Ocean Tomo revelaram que os ativos intangíveis representam 90% do valor das empresas S&P 500. Paradoxalmente, porém, muitas empresas que detêm um rico patrimônio de ativos de propriedade intelectual, em particular startups e pequenas e médias empresas (PMEs), não conseguem obter financiamento. Por quê? Uma das razões é que os investidores não sabem como avaliar e analisar ativos intangíveis (know-how e dados, por exemplo), por eles serem nitidamente diferentes dos ativos físicos (tangíveis), tais como imóveis, equipamentos e estoques.

Portanto, possibilitar a obtenção de fundos usando ativos intangíveis como garantia e solucionar o problema do financiamento da propriedade intelectual tornou-se uma prioridade global. Em novembro de 2022, a OMPI organizou um Debate de Alto Nível sobre essa questão e apresentou um Plano de Ação em três etapas, objetivando (1) melhorar o perfil do financiamento garantido por ativos intangíveis; (2) expor a realidade do mercado; (3) informar os profissionais que atuam nos ecossistemas de finanças e avaliação.

Possibilitar a obtenção de fundos usando ativos intangíveis como garantia e solucionar o problema do financiamento da propriedade intelectual tornou-se uma prioridade global.

No discurso que proferiu por ocasião da abertura do Debate de Alto Nível, Daren Tang, Diretor-Geral da OMPI, declarou que “os ativos intangíveis são uma espécie de matéria escura do universo financeiro: um tanto misteriosos, eles são, na maioria das vezes, invisíveis, embora hoje em dia exerçam uma enorme e crescente influência sobre as empresas e a economia”.

A boa notícia é que várias iniciativas lançadas tanto pelo setor público como pelo setor privado estão buscando facilitar o acesso a financiamentos garantidos por ativos de propriedade intelectual. Uma delas está sendo coordenada pela BDC Capital, subsidiária de investimentos do Banco de Desenvolvimento do Canadá especializada no apoio a empreendedores.

O modelo desenvolvido pela BDC Capital

Primeiro do gênero no Canadá, o fundo da BDC Capital destinado a financiar o desenvolvimento da propriedade intelectual – de um valor total de 160 milhões de dólares canadenses (US$ 119 milhões) – foi lançado em julho de 2020 com a proposta de disponibilizar entre 3 milhões e 10 milhões de dólares canadenses a empresas do país. Desde o lançamento do fundo, a instituição já recebeu 1.500 dossiês de candidatura e concluiu 15 transações.

No departamento da BDC Capital encarregado de financiamentos garantidos por propriedade intelectual, trabalham oito profissionais. À frente desse time, está a sócia-administradora Lally Rementilla, que ingressou na instituição com sua equipe depois de trabalhar para a Quantius – empresa sediada em Toronto e especializada na concessão de empréstimos comerciais alternativos –, onde começou em 2015. Antes disso, atuou em outras companhias, como Lucent e Lavalife. No período em que Lally Rementilla exerceu as funções de CFO e posteriormente de CEO, a Quantius investiu em empresas inovadoras que dispunham de um sólido patrimônio de propriedade intelectual, como Baanto International, Acerus e Lambda Solutions.

Em julho de 2022, a BDC Capital, filial de investimentos do BDC
(Banco de Desenvolvimento do Canadá) lançou um fundo
no valor de CAD 160 milhões (USD 119 milhões) para
financiamentos garantidos por PI. A equipe dedicada a esse
setor na BDC Capital
é dirigida pela sócia-administradora Lally Rementilla (acima),
para quem os financiamentos garantidos por PI têm um
belo futuro pela frente. (Foto: Cortesia de Lally Rementilla)

“Em 2015, ninguém sabia direito o que era financiamento garantido por propriedade intelectual. A única possibilidade que as PMEs tinham para levantar fundos era no caso de um litígio”, explica Lally Rementilla, que percebeu a ineficiência do mercado de capitais e as dificuldades enfrentadas por empresas inovadoras para obter financiamento. “Essas empresas possuíam patentes, know-how, softwares, bancos de dados e contratos com clientes, mas os mercados não atribuíam nenhum valor a isso”, diz ela.

O método adotado por Lally Rementilla foi o de constituir uma equipe de profissionais capazes de avaliar e analisar com precisão o valor de ativos intangíveis, o que inclui direitos de propriedade intelectual devidamente registrados, como patentes e marcas, além de outros tipos de ativos, como segredos industriais, softwares, dados e algoritmos. Ao descrever esse serviço, Lally Rementilla diz que ele requer “um mergulho profundo no patrimônio de propriedade intelectual da empresa”. Ela explica: “Não nos limitamos a atribuir um valor a esse patrimônio. Buscamos entender de que forma esses recursos atuam como uma ferramenta para que a empresa se sobressaia, a fim de aumentar sua futura participação de mercado e valorizá-la aos olhos de investidores e compradores potenciais”.

A equipe da BDC Capital é formada por especialistas em negócios, tecnologias e propriedade intelectual, que trabalham em estreita colaboração para avaliar e analisar cada oportunidade de investimento. Eles examinam tudo, inclusive quem são os profissionais responsáveis pela tecnologia e quais são as estratégias de gestão, os mercados potenciais e a posição dos concorrentes, entre outros critérios.

Não nos limitamos a atribuir um valor aos ativos de propriedade intelectual. Buscamos entender de que forma esses recursos atuam como uma ferramenta para que a empresa se sobressaia, a fim de aumentar sua futura participação de mercado e valorizá-la aos olhos de investidores e compradores potenciais.

Lally Rementilla

O que os investidores querem saber

Um dos principais critérios para o financiamento garantido por propriedade intelectual é o que Lally Rementilla chama de “clara sintonia entre a estratégia da empresa e a estratégia em matéria de PI”. Isso significa que as empresas precisam mostrar seus ativos de propriedade intelectual (o que inclui informações detalhadas sobre os pedidos e a concessão do registro de direitos de propriedade intelectual), explicar a relação entre esses ativos, os principais produtos e serviços da empresa e o fluxo de renda e, por fim, dizer por que sua proposta de valor é única no mercado. “Muitas empresas não estão preparadas para isso”, afirma ela.

Para obter um financiamento, as empresas precisam apresentar uma proposta de venda diferenciada e se destacar mundialmente em seus respectivos setores de atuação, de preferência fornecendo dados relevantes. Lally Rementilla explica que a BDC Capital não assume riscos tecnológicos, portanto as empresas já devem ter iniciado a fase de comercialização da inovação, ou pelo menos estar prestes a lançá-la no mercado.

Toda empresa que esteja em busca de financiamento deve também estar aberta a ouvir o que os investidores têm a dizer. Lally Rementilla explica que a avaliação da propriedade intelectual evolui lado a lado com o progresso tecnológico e com a sua comercialização. Por essa razão, a BDC Capital continua monitorando periodicamente os ativos de propriedade intelectual e solicita que as empresas apresentem relatórios, em geral duas vezes por ano. Nesse processo de acompanhamento, é possível que as avaliações iniciais sejam alteradas. Mais do que isso, novas perspectivas podem se abrir, visto que cada carteira de ativos é avaliada em função das respostas a uma série de questões: É necessário efetuar pesquisas complementares sobre o estado da técnica? É preciso monitorar o cenário da propriedade intelectual com mais frequência? As informações sobre o posicionamento dos concorrentes estão atualizadas? Existem novas oportunidades para o licenciamento de tecnologias ou para fusões e aquisições?

No âmbito de um projeto de investimento, a BDC Capital não emite juízo de valor sobre a tecnologia em si. Os 15 primeiros contratos aprovados abrangiam um amplo leque de empresas canadenses, embora alguns setores estivessem mais presentes, como saúde, sustentabilidade e soluções corporativas. Uma das operações mais bem-sucedidas – e o primeiro financiamento a ser anunciado – foi realizada com a Novarc Technologies, empresa de robótica sediada em Vancouver.

O contrato com a Novarc Technologies foi o primeiro (e um dos mais bem-sucedidos) a ser aprovado pelo BDC no âmbito de seu programa de financiamento garantido por PI. A empresa é especializada no design e na comercialização de robôs colaborativos (também chamados cobots ou cobôs) para a indústria, em particular para o setor de solda. (Foto: Cortesia da Novarc Technologies)

O financiamento garantido por PI pode catalisar investimentos adicionais

A Novarc é especializada no design e na comercialização de robôs colaborativos (também chamados cobots ou cobôs) para a indústria, em particular para o setor de solda. Fundada em 2013, ela cresceu 1.235% entre 2016 e 2019, conquistando a 45a posição no ranking das empresas canadenses com maior crescimento em 2020. Da América do Norte, a empresa expandiu suas atividades para a Ásia, a Europa e o Oriente Médio.

Um dos pontos fortes da Novarc é o uso de recursos de inteligência artificial e robótica para oferecer soluções automatizadas que facilitam o trabalho de soldadores em oficinas de fabricação de tubos – uma tecnologia muito bem-vinda diante da preocupante escassez de profissionais em nível mundial. Desde o início de suas operações, a Novarc tomou as devidas providências para proteger seus direitos de propriedade intelectual e seus ativos intangíveis, inclusive com o registro de patentes.

Em fevereiro de 2021, a BDC Capital anunciou a concessão de 2,6 milhões de dólares canadenses à Novarc, a título de capital de crescimento. Na época do anúncio, Soroush Karimzadeh, CEO e cofundador da empresa, definiu o financiamento garantido por propriedade intelectual como “um produto único, sem diluição societária, que certamente contribuirá para consolidar a transição entre investimentos seed/estratégicos e rentabilidade; ele vem preencher uma lacuna no ecossistema de financiamento do Canadá”.

Lally Rementilla explica que a análise efetuada pela BDC Capital mostrou claramente que os ativos de propriedade intelectual da Novarc “conferiam à empresa um diferencial no mercado”. Além disso, a Novarc dispunha de uma sólida plataforma de software, com capacidade para coletar dados sobre as técnicas utilizadas por soldadores em diferentes configurações de trabalho, gerando uma considerável vantagem competitiva com vistas ao desenvolvimento de futuros algoritmos e produtos.

Lally Rementilla ressalta que a experiência da Novarc é um bom exemplo de como o financiamento garantido por PI pode “catalisar investimentos do setor privado”. Ao possibilitar que a Novarc investisse mais em P&D, os fundos concedidos pela BDC Capital criaram oportunidades para captar outros investimentos. (Foto: Cortesia da Novarc Technologies)

Para Lally Rementilla, a experiência da Novarc ilustra como o financiamento garantido por PI pode “catalisar investimentos do setor privado”. Em setembro de 2022, a Novarc obteve um financiamento de série A da Graham Partners Growth, no âmbito da estratégia de capital de crescimento da empresa de investimentos privados Graham Partners. Ao anunciar a concessão do investimento, a Graham Partners ressaltou o fato de a Novarc oferecer uma “associação de hardware e software proprietários que posicionam a empresa como a fornecedora ideal de soluções de soldagem de tubos controlada por inteligência artificial, com capacidade para atender a diversos mercados finais”.

Ao possibilitar que a Novarc investisse mais em P&D, os fundos concedidos pela BDC Capital criaram oportunidades para captar outros investimentos. Lally Rementilla afirma que os investidores públicos e privados têm boas razões de trabalhar lado a lado, e que esse tipo de colaboração deve ser incentivada. Os fundos de capital de risco, por exemplo, podem contribuir com expertise técnica e específica ao setor, o que vai além dos recursos que os bancos de desenvolvimento podem oferecer.

Atualmente, a Novarc vem seguindo uma trajetória de crescimento exponencial. Além de entrar para o ranking do Financial Times das empresas que mais cresceram nas Américas em 2022, foi incluída na lista Advanced Manufacturing 50 da CB Insights, que apresenta as 50 empresas privadas mais promissoras em nível mundial, segundo o conceito de Manufatura Avançada.

Um belo futuro pela frente

Com 15 contratos assinados desde a criação da sucursal, Lally Rementilla está “muito otimista” quanto ao futuro dos financiamentos garantidos por propriedade intelectual. Para ela, esse tipo de fundo, que vem conquistando terreno no mercado, é um sistema sustentável, por meio do qual empresas com sólido patrimônio intangível podem captar investimentos: “As negociações estão ganhando vulto e embasamento, e observamos um alinhamento entre os governos e o setor privado. Já não precisamos mais ficar argumentando tanto! As pessoas estão dialogando e refletindo sobre como colocar em prática esse sistema, a fim de promover a criatividade e a inovação, o que acaba aumentando o interesse pelo setor de propriedade intelectual”.

A título de exemplo, a AON, uma das maiores empresas globais de serviços financeiros, dispõe de uma equipe especializada em estratégia, avaliação e gestão de riscos. No ano passado, ela contribuiu para injetar US$ 50 milhões na Anonos, empresa que atua no setor de proteção de dados, e US$ 35 milhões em um arranjo financeiro para a GRUBBRR, fornecedora de tecnologia para pedidos em redes de restaurantes, por meio de uma estrutura de dívida garantida por propriedade intelectual.

Esse tipo de financiamento vem se desenvolvendo nos mais diferentes países, como República da Coreia e Portugal, onde o Estatuto Inovadora COTEC atribui notas a empresas com base em fatores como capacidade de inovação e propriedade intelectual. Mais de 800 empresas já foram avaliadas por esse sistema.

Em setembro de 2021, a empresa japonesa de biotecnologia Spiber (que produz tecidos sem material de origem animal, como seda artificial de aranha) captou US$ 311 milhões numa rodada de financiamento coordenada pela gestora de private equity Carlyle, depois de já ter obtido um financiamento inicial de US$ 183 milhões. Vale ressaltar que as avaliações não levam em conta apenas patentes e tecnologias: em julho de 2020, a American Airlines obteve um empréstimo de US$ 1,2 bilhão junto à divisão de Merchant Banking da Goldman Sachs, dos quais US$ 1 bilhão tinha como garantia os direitos de marca e de nome de domínio pertencentes à empresa.

Lally Rementilla comemora o progresso que vem sendo feito nessa área e acredita que uma intensificação da cooperação internacional seria muito bem-vinda. Essa é justamente uma das prioridades do Plano de Ação da OMPI, que objetiva contribuir para que o conhecimento seja compartilhado independentemente das fronteiras entre países, além de promover novos modelos de financiamento.

A tecnologia deverá também transformar a maneira de analisar as empresas e seus ativos de propriedade intelectual, mediante o uso de inteligência artificial. “Em 2015, seria preciso esperar seis semanas e gastar milhares de dólares para obter uma avaliação realizada por terceiros. Hoje, a análise de dados e o aprendizado de máquina permitem uma maior automatização desse processo”, afirma Lally Rementilla.

A tecnologia deverá também transformar a maneira de analisar as empresas e seus ativos de propriedade intelectual, mediante o uso de inteligência artificial.

Graças a uma maior cooperação internacional, a um compartilhamento mais amplo entre diversos profissionais e ao uso mais extenso de ferramentas de inteligência artificial para avaliação e análise, o financiamento garantido por propriedade intelectual talvez possa, enfim, tornar-se um serviço acessível para empresas de diversos portes e em diferentes etapas de desenvolvimento. Essa é uma boa notícia para inovadores, investidores e qualquer pessoa que trabalhe com a comercialização de ativos intangíveis. Além disso, possibilitaria o crescimento e a evolução dos ecossistemas de inovação.

Sobre o Plano de Ação da OMPI relativo ao financiamento da PI

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Em novembro de 2022, a OMPI lançou seu Plano de Ação sobre Financiamento garantido por Propriedade Intelectual, cujo objetivo é mudar a visão que o mercado tem do financiamento de ativos intangíveis (em que a PI e outros ativos intangíveis são usados como garantia), levando-o “da periferia para o centro”, para citar Marco Alemán, Diretor-Geral Adjunto da OMPI.

O Plano se compõe de três elementos de base. O primeiro tem como objetivo valorizar o financiamento de ativos intangíveis, ressaltando sua importância para o sucesso econômico coletivo. Esse objetivo será atingido por meio de painéis de discussão, como o Debate de Alto Nível sobre Concessão de Financiamento de Ativos Intangíveis, que reúne representantes dos setores público e privado nas áreas de finanças, negócios e propriedade intelectual, e graças à criação de grupos consultivos de especialistas encarregados de refletir mais profundamente sobre as principais questões. O primeiro Debate de Alto Nível foi realizado em novembro de 2022, e uma segunda edição está programada para novembro de 2023.

O segundo elemento do Plano de Ação foca na elaboração de uma base de dados sólida. Uma série de relatórios provenientes de diversos países revelam a visão de profissionais que trabalham com propriedade intelectual, fornecendo esclarecimentos sobre a maneira como esse ativo vem sendo usado para facilitar o acesso ao capital. Esses relatórios são também o ponto de partida para debates sobre o financiamento garantido por propriedade intelectual, tanto entre especialistas da PI como em círculos mais amplos. Entre os projetos de pesquisa previstos, figuram estudos sobre tendências comerciais nas indústrias criativas.

O terceiro elemento do Plano de Ação oferece uma série de ferramentas práticas aos interessados em obter financiamentos mediante empréstimo ou emissão de ações, usando seus ativos de propriedade intelectual como garantia. O objetivo dessa “caixa de ferramentas” é ajudar as entidades que contratam empréstimos, que concedem empréstimos ou que investem a se comunicarem de forma mais eficaz com as instituições financeiras. Essa parte do Plano de Ação também analisará formas de melhorar a transparência quanto à titularidade da propriedade intelectual e às operações realizadas com ativos intangíveis, a fim de facilitar as relações e o diálogo necessários ao bom funcionamento de sistemas de financiamento da propriedade intelectual.

A Revista da OMPI destina-se a contribuir para o aumento da compreensão do público da propriedade intelectual e do trabalho da OMPI; não é um documento oficial da OMPI. As designações utilizadas e a apresentação de material em toda esta publicação não implicam a expressão de qualquer opinião da parte da OMPI sobre o estatuto jurídico de qualquer país, território, ou área ou as suas autoridades, ou sobre a delimitação das suas fronteiras ou limites. Esta publicação não tem a intenção de refletir as opiniões dos Estados Membros ou da Secretaria da OMPI. A menção de companhias específicas ou de produtos de fabricantes não implica que sejam aprovados ou recomendados pela OMPI de preferência a outros de semelhante natureza que não são mencionados.