A produção de bananas é extremamente importante para a economia da Costa Rica, que é um dos três principais exportadores de bananas do mundo: em torno de 120 milhões de caixas de bananas exportadas por ano, para o mundo todo.
Em 2011, a Banano de Costa Rica tornou-se a primeira indicação geográfica (IG) registrada do país. Esta iniciativa permitiu aos produtores informar aos consumidores a origem do seu produto, sua qualidade e reputação distintivas, bem como os rígidos padrões sociais e ambientais que aplicam. A IG é uma ótima ferramenta de que agora dispõem tais produtores para diferenciar as bananas costa-riquenhas daquelas produzidas em outros países.
O órgão regulador responsável pela promoção e garantia de qualidade da IG Banano de Costa Rica é a Corbana (La Corporación Bananera Nacional). A Corbana trabalha com produtores locais buscando expandir a produção e melhorar a qualidade das bananas costa-riquenhas. Seus projetos de pesquisa e desenvolvimento visam constantemente a identificar métodos e técnicas inovadoras para aumentar a produtividade das plantações de banana.
Altamente consciente da sua responsabilidade com a preservação do meio ambiente, em 1992, a indústria da banana aceitou voluntariamente criar a Comisión Ambiental Bananera (CAB). A sua função é estabelecer normas para a produção sustentável de bananas e monitorizar o desempenho ambiental das plantações de banana em Costa Rica. Para isso, a CAB empenha-se em melhorar as práticas de gestão dos recursos naturais em toda a indústria. Por exemplo, a Comissão introduziu medidas para otimizar o uso de água nas fábricas de embalagem de bananas, o que resultou em economias de água de até 90%. A CAB também trabalha para diminuir a quantidade de água usada pelos produtores de banana para lavar suas frutas antes de expedi-las ao mercado: por exemplo, incentivando-os a reduzir a profundidade de seus poços.
Além disso, todas as plantações de banana que produzem a IG Banano de Costa Rica seguem uma política comum relativa à gestão de resíduos sólidos e ao uso de plástico no cultivo. Em virtude disso, instalaram-se sifões para evitar que resíduos sólidos escoem nos cursos de água, e os plásticos usados são enviados a centros de reciclagem para a produção de materiais que possam ser reutilizados na indústria bananeira.
Os produtores de Banano de Costa Rica são fiscalizados regularmente a fim de se garantir o cumprimento das práticas de gestão ambiental estabelecidas, principalmente no que toca à gestão de resíduos e ao uso de pesticidas. Isso, no entanto, geralmente não apresenta qualquer problema, dado o forte comprometimento ambiental demonstrado pela demarcação de mais de 12 mil hectares de terras como reservas naturais e florestas, para proteger a fauna e a flora e ajudar a reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
Todos os produtores da IG Banano de Costa Rica estão vinculados a um conjunto de regras de produção comum a todos, detalhadas na especificação dos produtos da IG. Como tal, a política ecológica adotada pela Corbana para a gestão e promoção da IG tem potencial para melhorar significativamente a sustentabilidade da indústria bananeira costa-riquenha como um todo. Assim, uma IG pode ser um importante veículo para incentivar práticas sustentáveis por meio da adoção de padrões ambientais voluntários que são muitas vezes mais altos do que as leis nacionais que regem a produção e comércio alimentar.