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Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na aquicultura: o caso do abalone

O aumento da temperatura da água do mar causado pelas mudanças climáticas pode constituir um grande fator de estresse para organismos marinhos, reduzindo consideravelmente o seu ritmo de desenvolvimento e de crescimento. A empresa sul-africana de biotecnologia MariHealth Solutions está desenvolvendo soluções de monitoramento de abalones criados em viveiros para a detecção precoce de problemas. Dessa forma, também está trabalhando para assegurar o futuro da maricultura na África do Sul.

Conhecido como a “trufa do mar”, o abalone (molusco) é um pilar da aquicultura na África do Sul. (Foto: iStock/Jamesbowyer)

Em 1995, em um curto espaço de tempo, a aquicultura se tornou o setor de maior crescimento na produção mundial de alimentos, com grande potencial para ajudar a melhorar a nutrição humana e a segurança alimentar global. Quase três décadas depois, os produtores de abalone da província do Cabo Ocidental, na África do Sul, estão sentindo os efeitos das mudanças climáticas.

O Cabo Ocidental oferece condições ambientais favoráveis à maricultura de espécies como o abalone. Esse gastrópode (molusco) valioso é produzido em tanques através dos quais a água do mar é bombeada continuamente. Quando a temperatura da água passa de 20°C, o abalone entra em estresse térmico. Isso inibe seu crescimento e causa problemas de saúde, pois o molusco gasta mais energia para combater seu ambiente estressante.

A MariHealth, empresa de biotecnologia associada à Universidade da Cidade do Cabo, está desenvolvendo soluções para o manejo sanitário de abalones criados em viveiros. Na prática, a empresa produz probióticos para o animal a fim de melhorar sua taxa de crescimento e sua resistência a doenças, além de oferecer serviços de monitoramento para detectar níveis de estresse crônico em estágio inicial.

“Os produtores não sabem qual é a origem do estresse, nem a que o animal está reagindo, nem como está reagindo. A ideia, portanto, é ajudá-los a avaliar a cultura antes que ocorra algum problema”, explica a Dra. Sarah Carroll, pesquisadora científica e cofundadora da MariHealth Solutions.

A empresa está identificando fatores ambientais com potencial para reduzir o estresse ao qual o abalone está submetido. “Atualmente, estamos concentrados no desenvolvimento de um instrumento de alerta precoce para a avaliação da saúde de abalones criados em viveiros, algo que não foi feito até agora”, afirma Carroll. “Nossas soluções para diagnóstico e tratamento de abalones produzidos em cativeiro melhoram as práticas e a saúde da população do viveiro como um todo”, assinala, acrescentando que os resultados vão melhorar o rendimento dos produtores e a segurança alimentar global no longo prazo.

A Dra. Sarah Carroll desenvolve bactérias
probióticas para melhorar a saúde de abalones
criados em viveiros na África do Sul. (Foto: Cortesia
da MariHealth Solutions)

Abalones criados em viveiros: da pesquisa ao mercado

Durante o seu doutorado, Carroll esteve concentrada em identificar as reações das moléculas do abalone ao estresse causado por mudanças nas condições ambientais e priorizou a análise de como a elevada temperatura da água e a acidificação dos oceanos afetam a saúde e o crescimento do animal. “Isso vai ajudar os produtores de abalone a evitar problemas com a cultura”, explica, ressaltando que os efeitos das mudanças climáticas vão resultar no declínio da produção de abalone.

Carroll deu início ao processo de comercialização e inserção dos frutos de sua pesquisa no mercado para que os aquicultores possam ser beneficiados por suas descobertas. A apresentação de sua pesquisa na Conferência Internacional sobre Biotecnologia Marinha, ocorrida em 2019, no Japão, abriu as portas para que criasse a MariHealth Solutions com apoio dos fundos Old Mutual Invest e Oppenheimer Memorial Trust e da Fundação Nacional de Pesquisa da África do Sul.

A inovação da MariHealth, desenvolvida no laboratório da Universidade da Cidade do Cabo, é protegida por uma série de direitos de propriedade intelectual (PI). “Os segredos comerciais e industriais e os conhecimentos especializados constituem a espinha dorsal da nossa solução de monitoramento sanitário. Nossa obra probiótica tem sido protegida por uma patente há quase vinte anos. Essa proteção nos deu liberdade e segurança para inovar e tomar a iniciativa de comercializar nossos produtos e serviços na indústria de produção de abalone”, explica.

Ao desenvolver a MariHealth, Carroll também busca proteção nos principais mercados-alvo por meio do registro do logotipo e da marca da empresa. “Graças à proteção da propriedade intelectual e a uma sólida estratégia de PI, tivemos a possibilidade de fazer uso de nossos anos de pesquisa e transformá-los em algo realmente aplicável e útil”, assinala.

Vídeo: A Dra. Carroll compartilha sua trajetória rumo à comercialização para comemorar o Dia Mundial da Propriedade Intelectual de 2022.